sábado, 26 de dezembro de 2009

Always supposed to be together

Estava procurando algo prá postar como mensagem de final de ano e acho que o vídeo abaixo mostra parte do que pensei, senti e vivi e gostaria de compartilhar com vocês nestes últimos momentos de 2009...

Talvez seja esta a escolha até porque estou num espírito, no momento, glamurosamente loura, bem assim, com direito a pivô fatal e jogadinha de perna em câmera lenta... Mas isso é outra história.

Enfim, que a gente saiba fazer do ano que vem um ano melhor do que este - e que não existam amores proibidos, para ninguém e em lugar algum... Nem, sobretudo, dentro da gente mesmo!

Seria uma bela promessa de recomeço, com todos os outros desejos já meio encaminhados: paz, saúde, alegria, prosperidade e por aí vai...

Feliz 2010! Feliz em cada dia dele, ok? Aliás, depende mais de você do que de qualquer desejo meu, pois não?

Eu, de minha parte, vou estar por aqui tentando.





quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

VIAGEM AO PERU - 1a Parte

Moçada, essas são as fotos que fizemos durante nossa estada em Cuzco, primeira parte da viagem ao Perú no mês passado.

Foi uma grata surpresa conhecer o país, sobretudo porque por lá existe uma excelente infra-estrutura turística e já não se precisa mais fazer o clássico modelo setentista "mochileiro desamparado". O Perú é lindo (o país, digo), os preços são razoáveis, a comida é boa e o povo é muito hospitaleiro.

Aproveito para deixar algumas dicas para quem estiver pensando em viajar prá lá:

- Jamais saia do hotel em Cuzco (ou vizinhanças) sem uma malha bem quentinha na mochila e, mais importante, uma boa capa impermeável. O tempo muda em segundos e um lindo e quente dia de sol pode se transformar em um freezer ventoso e molhado de uma hora prá outra. E vice-versa.

- Muito cuidado com o sol. Mesmo aparentemente fraco, ele queima muito. Filtro solar 30 todo o tempo evita problemas. Ter um bom protetor labial sempre à mão também é esperto.

- Prepare-se para o sorochi, o mal da altitude. Tire o primeiro dia em Cuzco para descansar MESMO porque a onda é punk. Vale morrer logo no aeroporto com US$ 15 num bom tubo de OxiShot, uma bombinha de oxigênio. Ajuda muito nos intermináveis sobe e desce das ruínas e ladeiras de Cuzco. Se, mesmo assim, você se sentir mal, em qualquer farmácia se acha uns comprimidos chamados Sorojchi, que ajudam a segurar as conseqüências da falta de oxigênio.

- Traga uma boa bota de caminhada impermeável e bem amaciada ou um tênis velhinho bastante confortável. Anda-se mais que égua de oveiro.

- Se você for adepto(a) do "cigarrinho do capeta", muito cuidado no aeroporto de Lima, cheio de policiais e cães farejadores. Droga aqui é cana brava, sem conversa.

E, finalmente, lembro-lhes de dois nãos:

1. As fotos postadas não têm nenhuma pretensão artística, são apenas registros de uma boa viagem que queremos compartilhar com vocês

2. Apesar do que possa parecer, não estou cotado para estrelar a próxima versão de "Orca, a Baleia assassina"

Beijo carinhoso, desfrutem!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Animula Vagula Blandula


Pequena alma terna flutuante
Hóspede e companheira de meu corpo,
Vais descer aos lugares pálidos duros nus
Onde deverás renunciar aos jogos de outrora...

P. Élio Adriano, Imp.


O poema acima, escrito pelo Imperador romano Adriano, está no Memórias de Adriano, de Margherite Yourcenar, livro que se me apresentou há muitos anos - e que só li depois de inúmeras idas e vindas. Mais tarde, voltaria a ler várias outras vezes em vários outros anos. Enfim, resumindo, é o livro de cabeceira.

Confesso prá vocês, não sem certa vergonha, que tive uma paixão impossível, por óbvio, - mas real - pelo imperador e por anos à fio esperei encontrar em qualquer parceiro um traço, uma palavra, um detalhe que me permitisse concretizar esse amor.

O tempo passou e percebi que o melhor que podia fazer em nome desse sentimento era tentar trazer para mim aquilo que tanto me tocava no Imperador que vivia no livro. Não fui completamente bem sucedido na empreita, mas acho que me tornei uma pessoa melhor. Não é pouco, é?


Memórias de Adriano
Margherite Yourcenar
Trad. Marta Calderaro
Ed. Nova Fronteira
Voce pode encontrar este livro aqui

Grosseiro & Cafona


Fiquei pasmo com as declarações do Caetano Veloso ao jornal O Estado de São Paulo, chamando o presidente Lula de "analfabeto, grosseiro e cafona".

Fala reacionária e cheia de um ódio de classe tão grande que poucas vezes vi assim, total e desavergonhadamente explicitado...

Tudo bem que a velha pegada tropicalista do Caetano já não é mais a mesma, faz tempo. Anda cada vez mais amargurado, raivoso e atirando para todo lado, em tudo que é assunto, com uma sem cerimônia que chega a espantar - embora pouca coisa ainda me espante vindo de alguém que declara publicamente, apesar de já ter passado dos sessenta e tantos anos, seu inconformismo com uma "ereção não tão exuberante" e a "perda da potência do jato de urina"(!)...

Triste exemplo da idade que chega e não deixa mais marcas além da decadência do vigor físico e, pior ainda, do vigor intelectual... A pobreza melódica e poética dos seus últimos discos, aliás, mostram que pouco sobra ao vetusto senhor para ganhar espaço na mídia além de declarações covardes e pretensamente polêmicas.

Mas a razão do post é outra, já que esse assunto é velho: vejam que graça esta declaração de Dona Canô, que do alto dos seus 102 anos dá um exemplo de dignidade e sabedoria ao seu filhinho mimado - ele sim, grosseiro e cafona:

16/11/2009 - 13h39

Dona Canô vai pedir desculpas a Lula após Caetano chamá-lo de analfabeto

Heliana Frazão
Especial para o UOL Notícias / Em Salvador

Dona Canô Veloso, 102 anos, mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia, decidiu fazer valer o seu posto de matriarca e tentar colocar um ponto final nos ataques do filho ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela disse que vai telefonar nesta segunda-feira (16) para o presidente para pedir desculpas.
"Ele (Lula) sempre me tratou muito bem, como se eu fosse uma pessoa dele. Quando vem a uma cidade aqui perto, manda recado que quer me ver, e eu vou. Acho que ele vai me atender", afirmou Dona Canô.

Mas ela reconhece que Lula "é um homem muito ocupado" e, por isso, diz que entederá caso não obtenha sucesso na iniciativa. "Se ele não puder me atender, deixo recado com a secretária. Ela já conhece a minha voz", comentou.

Ela ainda não sabe dizer com exatidão o vai falar com o presidente. "Não vou dizer nada em especial, apenas o que vier do coração. Vou me desculpar e dizer que, pelo que conheço de Caetano, sei que ele não quis ofender o presidente. Não é possível que ele chamasse Lula de analfabeto, aliás, ele nem teria o direito de falar assim. Ele é apenas um cantor", afirmou.

D. Canô ainda não conseguiu conversar com o filho a respeito do assunto. "Nem sei por onde anda Caetano". Para a mãe, Caetano fala sem pensar, e acaba sendo mal interpretado.

"Tudo o que Caetano diz vira notícia, ele precisa entender isso. Não pode sair por aí falando o que quer, ele não é doido", observou.

Veja a íntegra da entrevista de D. Canô aqui